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Os pais da independência da Polónia em Portugal

11.11.2021

Dois dos polacos mais eminentes que tiveram um papel notável na recuperação da independência da Polónia estão ligados a Portugal pelos episódios interessantes.

Józef Piłsudski durante a sua visita na Madeira

No dia 8 de outubro de 1940 o Hotel Palácio Estoril registou a chegada de um novo hóspede: um pianista e compositor de renoma mundial, um antigo Primeiro-Ministro da Polónia e um dos arquitetos da renascença do país, Ignacy Jan Paderewski. Desde o início da Primeira Guerra Mundial Paderewski empenhava-se no que dizia respeito a futura independência da Polónia, aproveitando consequentemente da sua fama do artista para ganhar a autoridade internacional de um político. Em 1919 assumiu as funções do Primeiro-Ministro do governo polaco e, ao mesmo tempo, do Ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi um representante plenipotenciário da Polónia durante a Conferência de Paz de Paris que resultou na assinatura do Tratado de Versalhes. O resort de Estoril, onde Paderewski passou três semanas, foi a sua última paragem na viagem para a emigração nos Estados Unidos da América. A emigração de Paderewski do seu país querido é um fecho triste do capítulo dos primeiros anos da independência da Polónia: do período entreguerras. No entanto, a obra de Paderewski e dos outros patriotas não foi perdida com o início da Segunda Guerra Mundial. A reconstrução do país após 123 anos das partições já foi um facto que a Segunda Guerra Mundial não pôde inverter.

Na sua viagem a Portugal Paderewski seguia os passos de outro polaco eminente que chegou à margem ocidental da Europa na virada dos anos 1930 e 1931. O Marechal Józef Piłsudski ainda em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, criou tropas polacas destinadas à luta pela independência. No dia 11 de novembro de 1918 assumiu o comando sobre o Exército Polaco e, de seguida, a função do Chefe de Estado, tornando-se o principal arquiteto da consolidação dos embriões herdados após as partições da Polónia num organismo estatal. Quando, em dezembro de 1930, chegou o momento em que considerou que tinha cumprido o seu papel, veio à Madeira onde passou três meses: as férias mais longas da sua vida.

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